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5 princípios básicos para desbloquear o seu planejamento financeiro em 2025

1. Priorizar a Eliminação de Dívidas

Isso deve ser a prioridade número 1 no seu planejamento financeiro. 

Antes de pensar naquela viagem, naquele tênis ou roupa nova que você quer comprar, você deve entender que precisa acabar com toda e qualquer dívida que tenha, e o mais rápido possível. Quase não há investimento no mundo capaz de superar as altas taxas de juros do cartão de crédito, e que ainda seja estável e praticamente livre de riscos (se te oferecerem isso corre que é pirâmide). 

Para que você tenha uma noção, as taxas de juros do cartão de crédito em 2024 no Brasil já ultrapassam os 11% ao mês, segundo o Banco Central, enquanto a ação que mais valorizou este ano até então, a PETR4, da Petrobras, subiu incríveis 41%. Ou seja, se você tivesse investido R$100 em PETR4 no início do ano, agora teria R$141, ao passo que se você estivesse devendo estes mesmos R$100 no banco, sua dívida agora seria de R$336. 

Cada caso é particular. Como já falamos algumas vezes neste post, você precisa entender bem qual é o real status da sua vida financeira hoje e a partir disso encontrar a melhor alternativa para resolver os problemas dela. Há várias formas eficientes de eliminar as dívidas e boa parte delas não envolvem nenhum plano muito complexo, mas sim paciência e consistência nas ações a serem tomadas. 

Dentre os vários possíveis métodos para acabar com as dívidas, uma delas é o método da “bola de neve”. A ideia principal é focar em pagar as dívidas menores primeiro, com a intenção de criar um efeito psicológico positivo que impulsiona o processo. Ele funciona da seguinte forma:

  1. Liste todas as suas dívidas: Anote todas as suas dívidas, incluindo o valor total devido, a taxa de juros e o valor mínimo de pagamento mensal. (seria mais fácil se você tivesse tudo organizado, né?!)
  2. Organize as dívidas do menor para o maior valor: Ordene suas dívidas do menor valor total devido até a maior. Seria mais fácil se você tivesse tudo organizado, né?!
  3. Foque em pagar a menor dívida: Direcione qualquer dinheiro extra que você tenha para pagar essa menor dívida o mais rápido possível.
  4. Repita o processo: Depois que a menor dívida for quitada, pegue o valor que você estava pagando nela e adicione ao pagamento da próxima dívida da lista (a segunda menor). Continue fazendo isso até que todas as dívidas estejam quitadas.

Pode parecer que não, mas quitar dívidas menores rapidamente pode trazer uma sensação de conquista, o que ajuda a manter a motivação para continuar pagando as outras dívidas (como se os emails do Serasa já não fossem suficientes).


2. Metas Claras e Alcançáveis

Suas metas não irão surtir efeito nenhum se você não definir algo que realmente faça sentido. Seja poupar para uma viagem, comprar uma casa, ou simplesmente reduzir dívidas, cada objetivo deve ser específico e calculado. Por exemplo, ao invés de simplesmente dizer: “quero economizar mais”, seja mais específico, como: “Quero realizar uma viagem no ano que vem que vai me custar, ao todo, R$10.000. Para não me apertar, minha meta será economizar cerca de 300 reais por mês, nos próximos 12 meses.” 

Mas para que isso seja possível, você precisa ser crítico com você mesmo e começar a refletir sobre seus custos. Desapegue das coisas que não irão te trazer um retorno real, por exemplo, será que você precisa mesmo das mil assinaturas de streaming? Você nem vê tanta coisa assim. Ou sei lá, sair todo final de semana de fato faz sentido? Eu acho que não, ainda mais se o único retorno disso for a ressaca que você vai ter no dia seguinte. 

Para isso, o método SMART (da sigla em inglês: Específico, Mensurável, Atingível e Relevante) pode ser uma ferramenta poderosa para ajudar a definir e alcançar objetivos de forma clara e eficaz, visto que ele compõe exatamente o que as suas metas devem ter. Não adianta querer algo, sem saber exatamente o que é (específico), ou a dimensão real que este objetivo possui (mensurável), sem saber se de fato é possível de ser alcançado, por que, não é que eu estou querer te desanimar, mas não é por que você quer trocar o Up pela Ferrari, que você vai conseguir fazer isso mês que vem (atingível), e nem que isso de fato vai ser importante pra você, as vezes seu sonho é dar uma casa nova pra sua mãe (relevante) e a ferrari você pode deixar pra depois. 

Fato é: cada um possui uma realidade diferente e deve definir o que faz mais sentido para si em determinado momento. Por isso é importante ter cada um desses aspectos claros, para que você possa continuar fiel ao seu objetivo o máximo possível.


3. Orçamento Realista

Já falamos um pouco disso no tópico anterior, mas de tão importante que é, separamos um espaço só para isso. 

Muitas vezes, já nos pegamos desapontados porque não conseguimos atingir nossas metas, como havíamos colocado de meta no início do mês. O que hoje é óbvio que daria errado, na época, influenciados por um daqueles picos de otimismo, parecia ser um plano brilhante. Diferentemente dos nossos “eu’s” mais jovens, o que as pessoas com um bom planejamento financeiro entenderam é a importância de estabelecer parâmetros realistas de custos, orçamentos e poupança mensal. 

Para isso, é necessário que você reflita e busque estabelecer, da maneira mais sincera possível, em quais momentos que você deve gastar, depois de já ter pago as contas principais, é claro. Como, por exemplo, uma academia ou uma plataforma de finanças pessoais (para te ajudar a controlar essa bagunça que você chama de conta bancária), e em quais que seriam mais inteligentes se você juntar o seu dinheiro (e deixar gastar dinheiro com fifapoint e ainda continuar perdendo! Na moral!). 

Para isso, é muito importante que você anote todas as suas fontes de renda e, principalmente, todas as suas despesas, de maneira organizada, centralizada e de fácil acesso, em uma ferramenta de gestão pessoal, por exemplo ;). Não esquecendo, lógico, os gastos menores, que podem acumular ao longo do mês, e formar uma bola de neve que você só percebe na hora de pagar a fatura, como já dizia o saudoso Grupo Envolvência, “é aí que mora o perigo”. 

Muitas vezes, pensamos ter tudo sob o controle, quando na verdade não sabemos a real dimensão da situação. Um caso real de como o descontrole é perigoso, é o do famoso lutador, Mike Tyson. Considerado um dos maiores pugilistas da história, mesmo após acumular uma fortuna de US$400M, declarou falência em 2003, com dívidas que ultrapassam os US$20 milhões devido a uma vida extravagante e descontrolada. Trazendo ao mundo das pessoas comuns, não estou dizendo que você talvez faça as loucuras de “Se beber, não case”, mas sabemos que não é preciso comportamentos tão absurdos como os do filme para que a sua vida financeira vá de arrasta pra cima em um único final de semana com os amigos. 


4. Controlar Seus Impulsos de Compra

Até o mais pão-duro de todos gosta de comprar algo quando tem desejo, isso é fato. Pesquisas comprovam que há a liberação de dopamina, o hormônio da felicidade, quando compramos algo, não é atoa que cada vez cresce mais o número de pessoas com problemas compulsivos de compra. Justamente por isso que o controle de impulsos na hora de comprar algo que deseja é essencial para manter um orçamento saudável, entendendo se objeto de desejo é de fato necessário ou não.

Quando se trata de compras essenciais, o ideal é entender quando é a escolha mais sensata. Não é por que você precisa de um celular novo que você deve comprar o mais caro do mercado, nem economizar tanto, comprando o mais barato, que pode quebrar em pouco tempo, fazendo com que você precise gastar novamente. Procure sempre entender o que de fato atende à sua necessidade no longo prazo, agindo com base nisso.

Para compras não essenciais, muitas vezes atreladas à meros impulsos, a situação é um pouco mais delicada, pois, muitas vezes, elas veem disfarçadas de necessidades reais e urgentes. Voltando ao exemplo do celular. Supondo que você já tenha um celular com 2 anos de uso e você decide que precisa de um novo. Você entender que de fato te levou à essa conclusão:

  1. O celular está quebrado ou lento suficiente fazendo com que o seu uso fique extremamente prejudicado?
  2. Você simplesmente quer? Seja para satisfazer algum desejo momentâneo, seja qual for, desde tirar fotos mais bonita ou simplesmente gastar mais por que agora você “tá podendo”?

Como é dito neste site, não existe uma resposta certa, mas sim, a que melhor cabe na sua realidade.

Se você de fato “tá podendo”, e comprar o celular não irá fazer dano significativo algum na sua reserva financeira ou custo mensal, então siga em frente e seja feliz, mas tenha certeza que não será uma escolha que teria sido mais inteligente se tivesse sido tomada mais futuramente.

Uma boa técnica para entender essas questões é “a regra dos 30 dias”—esperar 30 dias antes de fazer uma compra não essencial—podem ajudar a diferenciar desejos de necessidades. Se no final disso você praticamente nem se lembrar que estava querendo fazer esta compra, então você identificou que de fato não era algo tão importante a ser feito.


5. Ajustar o Planejamento Regularmente

O tempo passa e as coisas naturalmente mudam, agora, o seu planejamento financeiro vai ficar igual a vida toda? Não faz sentido, né?!

É de extrema importância que você mantenha uma rotina de revisão e o ajuste regular do planejamento financeiro. Não estou dizendo que você precisa ajustá-lo todo dia, duas vezes ao dia. Mas sobretudo nos momentos mais críticos e no começo desta organização, é ideal que você o revise pelo menos 1x por mês e conforme você vá ganhando um maior controle sobre suas finanças, este espaço de tempo pode vir a ser até maior.  A vida muda e seu planejamento deve evoluir junto. 

  • Você deve definir metas claras e específicas para direcionar suas ações financeiras. Estabeleça objetivos que sejam alcançáveis e que tenham um impacto significativo no seu bem-estar financeiro.
  • Você deve criar e manter um orçamento realista, acompanhando suas receitas e despesas de perto para identificar oportunidades de economia e evitar endividamento. Dica: utilize ferramentas que vão além de caneta e papel.
  • Você deve priorizar a eliminação de dívidas, utilizando estratégias eficazes como a técnica do “bola de neve” para quitar débitos mais rapidamente e reduzir o custo total dos juros. Conheça mais estratégia
  • Você deve controlar seus impulsos de compra, implementando práticas como a regra dos 30 dias para diferenciar entre desejos e necessidades, garantindo que seus gastos estejam alinhados com suas metas financeiras.
  • Você deve revisar e ajustar seu planejamento regularmente, adaptando-se às mudanças em sua vida e no mercado para aproveitar oportunidades e mitigar riscos.

Conselho do Quivinho: invista em uma plataforma que vai permitir que você concentre todos os princípios acima em único lugar. Não faz sentido você buscar organização e segurança e ter todas as suas contas bagunçadas em um grupo no whats, ou economizar e ficar comprando planilha de excel que fazem o mesmo trabalho que o seu caderninho a calculadora velha do seu pai.


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